Tejuçuoca. Nem
mesmo a seca que se abateu no Nordeste inibiu a iniciativa da caprinocultura
nesta cidade. Ao contrário, o programa Bolsa Bode avança pelo terceiro ano
propiciando renda e garantindo a subsistência de famílias de baixa renda.
Criado no dia 11 de janeiro de 2010, pelo ex-prefeito de
Tejuçuoca, Edilardo Eufrásio, o programa Bolsa Bode é uma referência de
convivência com o semi- árido na região do Nordeste. Localizado no Vale do
Caru, o município tem uma área de 750,60km2, onde 90% desse território é usado
para criação de caprinos e ovinos.
O rebanho de caprinos e ovinos em todo a região é de mais de 28
milhões de cabeças. Em Tujuçuoca, existem pelo menos quatro bodes, carneiros,
cabras ou ovelhas para cada um dos 16.086 habitantes e nem mesmo a seca deste
ano tirou o foco do projeto. Os 20 criadores da primeira etapa estão superando
obstáculos e mantendo a criação de ovinos e caprinos.
Saída: "No
momento em que o Brasil leva a sério o combate à fome, a caprinocultura é a
grande saída para as regiões mais secas", afirma Edilardo, que ficou
conhecido nacionalmente como "prefeito do bode". Na primeira etapa,
foram investidos R$ 200 mil na Bolsa Bode.
A 155 quilômetros de Fortaleza, Tejuçuoca é a "capital
nacional do bode". Até uma festa, que neste ano chega a sua 13ª edição,
nos dias 26,27 e 28 de julho, é feita em homenagem ao animal. É o Tejubode, que
reúne criadores do Nordeste, em evento agropecuário de três dias, que
ultrapassa 120 mil pessoas. Ou seja, seis vezes mais que a população da cidade.
O programa começou com a inclusão de 20 jovens da zona rural, com idade entre
18 e 29 anos matriculados no 8º ano do Ensino Fundamental e o 3º ano do Ensino
Médio. (Diário do Nordeste)
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