A
imagem de que a máquina de costura é atividade para avós e bisavós é
desmitificada quando a dentista Cláudia Bezerra, 33, conta o seu mais novo
hobby: costurar. Sentada numa cadeirinha de madeira, ela traça com cuidado o
contorno de cada linha e vibra com as peças de roupas que faz e conserta.
"Atualmente, os 30 anos são os novos 20, uma época destinada
ao crescimento da carreira e aos estudos, em que a mulher tem plena consciência
do mundo e seu maior desejo é experimentar a vida", explica Maria Dolores.
Um dos fatores que contribuiu de maneira intensa para essa modificação no
comportamento feminino, segundo a socióloga, foi o acesso mais fácil à
educação.
Ela destaca que, mesmo aquelas já têm filhos, hoje, fazem algo que
não era comum no passado: deixam as crianças em casa e saem para estudar.
"Sem dúvida, a educação possibilita que a mulher, seja solteira ou casada,
mude e transforme sua maneira de viver, seus interesses e seu posicionamento no
mercado de trabalho", avalia.
Na
visão da doutora em Sociologia, Sande Maria Gurgel, a pressão para a mulher
casar é, atualmente, vista de forma mais tranquila, por conta das mudanças nas
relações afetivas entre os casais, que já não se preocupam tanto com a formalização
da união conjugal. Além disso, hoje, a mulher assume sem culpa o fato de não
querer ser mãe e, apesar das dificuldades, algumas conseguem educar os filhos
sozinhas. (Diário do Nordeste)
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