Em notícia veiculada na web na noite passada, o ‘Diário Catarinense’ informa que policiais da Força Nacional de Segurança devem chegar a Santa Catarina nesta sexta-feira (15). Estimada em 350 homens, a tropa vai atuar na transferência de criminosos presos em cadeias de Florianópolis para presídios federais localizados em outros estados.
A novidade chega às manchetes nas pegadas de um encontro do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) com o governador Raimundo Colombo (PSD). Os dois se encontraram na quarta-feira (13), na capital catarinense (foto). Prevê-se que serão transferidos cerca de 20 presos.
São líderes de uma facção criminosa chamada PGC (Primeiro Grupo Catarinense). A maioria está presa na Penitenciária de São Pedro de Alcântara. Segundo a PM catarinense, é dali que partem as ordens para os ataques que infernizam Santa Catarina –foram pelo menos 97 atentados em duas semanas.
A expectativa é a de que as tropas federais atuem também no reforço à segurança de presídios catarinenses. Por quê? As autoridades temem que a transferência dos chefões da criminalidade organizada acenda o pavio de rebeliões de presos.
Cercada de compreensível mistério, a chegada dos soldados da Força Nacional foi admitida pela secretária de Justiça de Santa Catarina, Ada De Luca, numa reunião com vereadores de Florianópolis. Em resposta a uma indagação Afrânio Boppré (PSOL), a auxiliar de Colombo deixou escapar: “As tropas estão a caminho.”
Vazado por assessores que testemunharam a conversa, o comentário virou notícia. E a secretária viu-se compelida a negar o que dissera. Declarou-se favorável ao suporte federal. Mas o tema está afeto à Secretaria de Segurança Pública, esclareceu. A essa altura, outro vereador, Lino Peres (PT), confirmava ter ouvido a portas fechadas a frase que Ada De Luca tentava desdizer em público. (Josias de Souza)
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