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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PROFESSORES -" Tudo certo e nada resolvido", ainda


 Foram cinco horas de negociações entre professores e Governo do Estado na tarde de ontem. De resultado, a possibilidade do fim da greve até sexta-feira (7) e de repercussão do piso salarial no plano de carreira dos profissionais. Haverá, entretanto, amanhã, novo diálogo. E na sexta-feira, uma assembleia da categoria definirá resolução conclusiva que poderá fazer com que 487 mil alunos retornem às aulas após 60 dias. Hoje, Ministério Público, categoria, representantes do Governo e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reúnem-se.

“Demos um passo à frente. Depois de muito ‘custo’ o Governo considerou a tabela de vencimentos no plano de carreira e isso pode ser a reversão das duas tabelas maldita anteriores”, adiantou o presidente do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc), Anízio Melo, ao sair da reunião. “Há um caminho reiniciando”, frisou. As porcentagens de aumento de cada professor parece ser o único impasse a persistir e, se, e quando for definido, sua aplicação deverá acontecer em até três anos.

CONDIÇÕES E DIREITOS

“O Governo faz um desafio à categoria para elaborar uma proposta de acordo com a realidade”, disse a secretária de Educação do Estado, Izolda Cela. Conforme ela, o aumento exigido pela categoria aumenta em 170% a folha de pagamento atual e, em média, o aumento para cada professor seria de 130%. Izolda relembrou a proposta inicial do Governo, feita na primeira semana de negociação, e a classificou como “lógica, já que valorizava os profissionais em início de carreira”.

A secretária de Educação reconheceu a importância em investir na melhoria do professor. Explicou que a primeira proposta especificava o salário inicial de R$ 1.400, passando para até R$ 2 mil. “A maioria dos professores ganha R$ 2.800. Não é o ideal, mas é o real. O orçamento não é o dinheiro que se invente”, justificou. Reformulação de leis, que beneficiem os professores, ampliação do vale-alimentação para R$ 200 e o permanente diálogo com a categoria foram citados por Izolda como ações governamentais a favor dos professores.

Sobre o pagamento da multa, caso a greve não acabe, a secretária diz que o Governo “responderá ao que o cabe”. A tabela aprovada pela Assembleia Legislativa, na semana passada, que beneficia os 130 professores com nível médio, continuará. “Nós apenas nos certificamos de estar cumprindo o piso estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A categoria está percebendo que o ideal não é possível de ser alcançado, portanto, o momento é de achar um consenso”, avaliou Izolda Cela.

Fonte: Jornal O Estado

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