Uma atividade escolar de cunho racista foi aplicada na última segunda-feira, 22 de novembro, em uma escola da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Ribeirão das Neves (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O exercício, entregue a uma turma do 3º ano do ensino fundamental, instrui que os alunos colem palha de aço no desenho de um homem negro para representar o cabelo afro. As informações são do portal de notícia G1.
A tarefa prática, criada em alusão
ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, causou revolta entre
os pais e parentes dos estudantes, que expuseram a imagem do dever escolar nas
redes sociais como forma de protesto e repúdio à comparação entre palha de aço
e cabelo afro. "Dia da Consciência Negra, cole bombril no cabelo",
dizia o enunciado.
Em entrevista concedida ao G1, a professora responsável pela atividade
negou a temática da associação racista e justificou a aplicação. "Não
houve preconceito da minha parte, nós temos que quebrar esse preconceito. Só de
eu estar trabalhando com 'bombril', eu vi que há, sim, um preconceito trabalhar
com 'bombril'. Segunda parte: ali eu vou estrar trabalhando textura. Na minha
sala sempre houve respeito", disse.
A professora ainda afirma ter pedido
desculpa aos pais e alunos: "Pedi perdão, humildemente, perdão a todos que
ofendi e, se pudesse, pediria desculpas um a um dos que não gostaram".
Devido à repercussão negativa do caso, a docente foi demitida pela Apae,
que disse em nota que "repudia qualquer forma de discriminação"
e que "tomou as medidas cabíveis incluindo o acordo de desligamento da
professora envolvida".
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