O empregado que não tiver tomado vacina contra a covid-19 não poderá ser demitido ou ser barrado em processo seletivo. A proibição consta da Portaria 620, publicada nesta segunda-feira (1°) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
A medida vale tanto para empresas como para órgãos públicos. Em vídeo, o
ministro Onyx Lorenzoni disse que a portaria protege o trabalhador e afirma que
a escolha de vacinar-se pertence apenas ao cidadão.
Caso o empregado seja demitido ou não contratado por não comprovar a vacinação, a portaria estabelece que o funcionário pode escolher ser reintegrado ao cargo ou receber o dobro da remuneração referente ao período de afastamento.
As empresas também poderão realizar testagens periódicas para preservar as
condições sanitárias no ambiente de trabalho. Nessas situações, o empregado
deverá apresentar o cartão de vacinação ou ser obrigado a realizar o teste.
Também está autorizado que os empregadores incentivem a vacinação, desde que
não obriguem o funcionário a vacinar-se.
A posição do governo é distinta de algumas sentenças recentes da
Justiça do Trabalho. Em julho, a 13ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT) da 2ª Região, em São Paulo, confirmou a dispensa por justa causa de uma auxiliar de limpeza que
trabalhava em um hospital infantil e se recusou a ser imunizada duas vezes. O
caso aconteceu em São Caetano do Sul, na região metropolitana da capital
paulista.
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