A Polícia Federal prendeu na noite desta terça-feira (16), em flagrante, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). O parlamentar divulgou um vídeo no qual faz apologia ao AI-5, instrumento de repressão mais duro da ditadura militar, e defende o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), o que é inconstitucional.
No vídeo,
Silveira ataca seis ministros do Supremo: Edson
Fachin, Alexandre
de Moraes, Luís
Roberto Barroso, Gilmar
Mendes, Marco
Aurélio Mello e Dias
Toffoli.
O deputado
foi detido no fim da noite em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Após passar
por exames no Instituto Médico Legal (IML), Silveira foi levado ao prédio da
Superintendência da PF por volta de 1h30.
A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. Na
decisão, Moraes definiu que o mandado deveria ser cumprido "imediatamente
e independentemente de horário por tratar-se de prisão em flagrante
delito".
O ministro
determinou que o YouTube retire o vídeo do ar, sob pena de multa diária de R$
100 mil, e ordenou que a polícia armazene cópia do material. A decisão deve ser
analisada pelo plenário do STF na sessão desta quarta.
Mesmo em
flagrante e por crime inafiançável, a prisão de um deputado federal precisa
passar pelo crivo da Câmara.
Na decisão, Moraes diz que o presidente da Casa, Arthur
Lira (PP-AL), deve ser "imediatamente
oficiado para as providências que entender cabíveis".
“A Constituição Federal
não permite a propagação de ideias contrárias a ordem constitucional e ao
Estado Democrático (CF, artigos 5o, XLIV; 34, III e IV), nem tampouco a
realização de manifestações nas redes sociais visando o rompimento do Estado de Direito, com a
extinção das cláusulas pétreas constitucionais – Separação de Poderes (CF, artigo 60, §4o), com a consequente, instalação do arbítrio”, escreveu o ministro.
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