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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Gilmar Mendes critica Moro, diz que Lava Jato apoiou Bolsonaro e tentou derrubar Temer


 O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou em entrevista à BBC News Brasil na segunda-feira, 15, que “a [Operação] Lava Jato tinha candidato e tinha programa no processo eleitoral” de 2018, e que “eles não só apoiaram como depois passam a integrar o governo” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em referência à atuação de Sérgio Moro como ministro da Justiça.

“Se nós olharmos, a Lava Jato tinha candidato e tinha programa no processo eleitoral. E atuou, inclusive, para perturbar o Brasil em termos institucionais. [...] Depois a Lava Jato atua na prisão do Lula. Depois, prestes à eleição, divulga o chamado depoimento ou delação do Palocci, tentando influenciar o processo eleitoral, depois o Moro vai para o governo Bolsonaro? Portanto eles não só apoiaram como depois passam a integrar o governo Bolsonaro. 


Tudo isso indica uma identidade programática entre o movimento e o bolsonarismo”, apontou o ministro. Mendes também declarou que a Lava Jato atuou para derrubar o governo do presidente Michel Temer: “Ali se via que era não só uma ação policial, mas uma ação política”. Gilmar não poupou Moro, e classificou a relação do juiz com o então promotor da força-tarefa de Curitiba, Deltan Dallagnol, como “tudo o que não condiz com a relação entre promotor e juiz”.

 

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