A inflação fechou 2020 com alta de 4,52%, a maior desde 2016 (6,29%), segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (12) pelo IBGE. Já o indicador de dezembro, que foi divulgado junto com o acumulado do ano, acelerou para 1,35%, a variação mais intensa desde fevereiro de 2003 (1,57%) e a maior para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%).
Com o resultado, o índice do ano ficou acima do centro meta, definido
pelo Conselho Monetário Nacional, que era de 4,0%, mas dentro da margem de
tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (2,5%) ou para cima (5,5%). Em
2019, a inflação foi de 4,31%.
INPC fica acima do IPCA
O IBGE também divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC), que mede a inflação entre as família com menor rendimento, encerrou
2020 com alta de 5,45%, acima dos 4,48% de 2019. Em dezembro, o INPC acelerou
para 1,46%, frente a alta de 0,95% registrada em novembro. Foi o maior
resultado para o mês de dezembro desde 2002, quando o índice ficou em 2,70%. Em
dezembro de 2019, a taxa foi de 1,22%.
Pedro Kislanov observa que INPC ficou acima do IPCA, tanto no acumulado
do ano quanto na comparação mensal. “Isso é explicado, em grande medida, pelo
peso de alimentação e bebidas na cesta de produtos e serviços das famílias, que
é maior no INPC do que no IPCA. Habitação também tem peso maior, especialmente
por causa da energia elétrica”.
O INPC é calculado com base em famílias com rendimento de um a cinco
salários mínimos, sendo o chefe assalariado, em dez regiões metropolitanas do
país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís,
Aracaju e de Brasília. Já o IPCA abrange famílias que ganham até 40 salários
mínimos, qualquer que seja a fonte. (Fonte: Agência de Notícias IBGE)
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