Duas pesquisas dividiram o prêmio Nobel de Física, anunciado nesta terça-feira(6) pela Real Academia Sueca de Ciências. Uma do britânico Roger Penrose, da Universidade de Oxford, e a outra feita pela estadunidense Andrea Ghez, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, com colaboração do alemão Reinhard Genzel, da Universidade da Califórnia em Berkeley. As duas pesquisas fizeram descobertas sobre buraco negro.
Penrose usou a matemática
para provar que os buracos negros são uma consequência direta da Teoria Geral
da Relatividade de Albert Einstein. Já Ghez e Genzel descobriram que um objeto
invisível e extremamente pesado define as órbitas de estrelas no centro da
nossa galáxia.
“Penrose começou a se interessar por esse assunto. Ele é bem matemático e ele fez uma teoria matemática comprovando a possibilidade realmente de existirem essas coisas muito massivas e que engolem tudo. Tudo mesmo. Nem mesmo a luz consegue escapar.
Aí, finalmente, vieram anos mais tarde a Andrea Ghez e seu
colaborador, e eles conseguiram medir a existência de um buraco negro no centro
da nossa galáxia e fazem essa predição de que cada galáxia vai ter no
centro um grande buraco negro massivo, que vai começar, por muito tempo, a
sugar toda a matéria dessa galáxia. Por um lado, Penrose mostrou
matematicamente e, por outro lado, Andrea e seu colaborador conseguiram fazer o
experimento.”
Desde o século 18,
cientistas se perguntavam se existiria algum objeto no universo capaz de
exercer uma atração gravitacional tão forte, da qual nem mesmo a luz poderia
escapar. Einstein não acreditava em buracos negros, mas, ao formular a Teoria
Geral da Relatividade, em 1915, teorizou que a força da gravidade pode
distorcer espaço e tempo.
Foi um estudo de Penrose,
em 1965, que provou a formação de buracos negros. O estudo descrevia o fenômeno
em detalhes e afirmava que, no centro dessa estrutura, existe uma singularidade
onde o tempo e o espaço simplesmente deixam de existir.
A singularidade é o
limite. O instante exatamente anterior ao buraco negro em si. Como o fenômeno
literalmente engole tudo o que está ao redor, inclusive a luz, não é possível
ver ou fotografar um buraco negro. E foi exatamente um corpo invisível que a
pesquisa de Ghez descobriu. Mesmo sem ver, a cientista provou que a estrutura
no centro da Via Láctea é maciça e com uma massa gigantesca.
Mas em 2019, a comunidade
científica comemorou que, pela primeira vez, foram captadas imagens de um
buraco negro no espaço. Veja na reportagem da TV Brasil. (O Povo)
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