Informações educativas

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Pisa 2018: dois terços dos brasileiros de 15 anos sabem menos que o básico de matemática


Mais de dois terços dos estudantes brasileiros de 15 anos têm um nível de aprendizado em matemática mais baixo do que é considerado "básico" pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados são da edição 2018 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), divulgados nesta terça-feira (3).


nível 2, considerado o básico, é atingido a partir da nota 420,07 no Pisa. Já para entrar nos níveis considerados de alto desempenho (níveis 5 e 6), é preciso ter uma nota acima de 606,99.

Levando em conta essas notas, o Brasil teve 43,2% de participantes demonstrando um aprendizado abaixo do nível 2 em todas as três provas, enquanto apenas 2,5% ficaram no nível 5 ou 6 em leitura, matemática e ciências. Na média da OCDE, essas porcentagens são de 13,4% e 15,7%, respectivamente.

O que é o Pisa?

O Pisa é uma avaliação mundial feita em dezenas de países, com provas de leitura, matemática e ciência, além de educação financeira e um questionário com estudantes, professores, diretores e escolas e pais;

Ela é realizada a cada três anos – a mais recente foi aplicada em 2018 com uma amostra de 600 mil estudantes de 15 anos de 80 países diferentes. Juntos, eles representam cerca de 32 milhões de pessoas nessa idade;

A cada ano, uma das três disciplinas principais é o foco da avaliação – em 2018, o foco é na leitura;

Brasil participou de todas as edições do Pisa desde sua criação, em 2000, mas continua muito abaixo da pontuação de países desenvolvidos e da média de países da OCDE, considerada uma referência na qualidade de educação.

Baixa aprendizagem no Brasil
Nas três provas, o Brasil ainda não conseguiu reduzir o número de estudantes com aprendizado abaixo do nível básico para menos da metade. Porém, a situação segue mais crítica em matemática: 68,1% dos estudantes estão nessa situação.

"No Brasil, o desempenho médio em matemática melhorou entre 2003 e 2018, mas a maior parte dessa melhora aconteceu nos ciclos iniciais [as primeiras edições do Pisa]. Depois de 2009, em matemática, assim como em leitura e em ciências, o desempenho médio para flutuar ao redor de uma tendência de estagnação", avaliou a OCDE.

Porém, mesmo com a melhora no desempenho médio, em toda a série histórica considerada pela OCDE, o Brasil não conseguiu ter menos que dois terços de seus estudantes com nota abaixo de 420,07 em matemática. Além disso, só nas edições de 2003 e 2006 o Brasil teve mais de 1% de jovens com a pontuação acima de 606,99, ou seja, nos níveis 5 e 6, considerados de alto desempenho.




Nenhum comentário: