A
capacidade dos estudantes brasileiros aos 15 anos de interpretar e refletir
sobre um texto ainda é considerado baixo nos padrões mundiais.
Conforme o
Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês),
divulgado nesta terça-feira,3, metade dos alunos naquela idade tem dificuldade
em comparar pontos de vistas, localizar informações implícitas, compreender
conceitos abstratos e refletir sobre diferentes fontes usadas no texto.
Na
outra ponta, 2% apresentaram proficiência satisfatória em leitura. De acordo
com a avaliação, organizada pela Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), esses ranquearam no nível 5 e 6 do
diagnóstico. No estágio, é possível compreender textos longos, lidar com
conceitos abstratos e contra intuitivos, além de distinguir fato de opinião. A
média geral da avaliação foi de 9% nesse patamar. Acima do percentual,
configuraram outros 15 sistemas de ensino integrantes da OCDE.
Não
é possível esmiuçar os dados da leitura por estado brasileiro. No entanto, os
resultados apontam o Nordeste com o pior desempenho entre as regiões do País,
com a média de 390 escores. Quase 100 atrás da média registrada por outros
países da OCDE (480). O sul do Brasil chegou o mais próximo disso, com quase
440 pontos. Seguidos do Centro-Oeste e Sudeste, empatados pela margem de erro,
com 420.
A
diferença de performance em leitura entre os estudantes mais pobres e mais
ricos aumentou em relação a 2009, ano em que a ênfase do Pisa também foi em
leitura. Em 2018, foi de 97 e em 2009, 84. A diferença média de escore na OCDE
em 2018 foi de 89 e em 2009, 87.
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