A Corregedoria Nacional do Ministério Público
(CNMP) instaurou reclamação disciplinar para apurar a conduta do procurador do
Ministério Público do Pará (MPPA) Ricardo Albuquerque.
Ele se envolveu em uma
polêmica na última terça-feira (26) ao dizer em uma palestra para estudantes do
curso de Direito que o "problema da escravidão no Brasil foi porque o índio não gosta de
trabalhar". O procurador ainda não se manifestou sobre a
decisão.
De acordo com o CNMP, o procedimento foi instaurado
para que seja analisado se o procurador cometeu alguma infração disciplinar.
Segundo a Corregedoria, não há prazo para a conclusão da análise e que, após os
trâmites, serão decididas as providências que serão tomadas.
00:00/02:39
Pedido de afastamento
Nesta
quinta-feira (28), Ricardo Albuquerque pediu
afastamento do cargo de Ouvidor-Geral do Ministério Público do Pará (MPPA).
O colégio de procuradores do MPPA abriu um procedimento para apurar a conduta
de Ricardo Albuquerque à frente do cargo. A decisão foi tomada depois da
repercussão das declarações recentes feitas por ele que ganharam repercussão
nas redes sociais.
Áudio viraliza e gera protestos
O
áudio de uma palestra do procurador Ricardo Albuquerque viralizou nas redes
sociais na terça-feira (28). Em um trecho, Albuquerque diz: "não acho que
nós tenhamos dívida nenhuma com quilombolas. Nenhum de nós aqui tem navio negreiro".
Ainda na terça, o MPPA informou em nota que repudia o teor do
áudio e afirma que ele reflete somente a opinião pessoal do procurador. A
instituição disse que tem trabalhado para assegurar a implementação de
políticas públicas para garantir às populações negras e indígenas a efetivação
da igualdade de oportunidades.
O MPPA ainda reafirmou que não
compactua com qualquer preconceito ou discriminação a grupos vulneráveis da
sociedade.
O conteúdo do áudio gerou protestos de representantes do movimento negro, indígena e
quilombola, nesta quinta, em frente à sede do Ministério Público
do Estado do Pará (MPPA), no bairro da Campina, em Belém. (G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário