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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

O que está em jogo o que levará o Capitão a vetar a Lei de abuso de autoridade?


O projeto da Lei sobre abuso de autoridade se transformou num problema para o Capitão. De um lado, a favor da sanção integral está um pedaço bandalho da política, desejosos de enquadrar juízes, promotores e investigadores.


Do outro lado, mesmo sem entender quase nada do assunto, mas que apoiam a Lava jato e o esforço anticorrupção está o pedaço das ruas, o povão que é levado pelo noticiário. Estes pensam que o projeto é a favor de corruptos, como se nenhuma autoridade cometesse abusos. Estes não assistem diariamente toda sorte de abusos cometidos por autoridades, pois como disse o Ministro do Supremo Gilmar Mendes, "quem tem o poder, tende a abusar dele" e  a lei de abuso é de 1965, ou seja, os tempos eram outros, é preciso sem dúvida atualizar e quem não comete abusos não tem do que se preocupar.

Bolsonaro equilibra-se entre estes dois extremos: a maioria da classe política, que é a favor da lei e um pedaço do povo, que é contra. Desde então, ouviu um ronco do asfalto, bombardeios nas redes sociais, pesquisas que revelam um aumento na sua taxa de popularidade.

De repente, o capitão passou a falar em 20 vetos ao projeto. O resumo da coisa é o seguinte: existem três tipos de políticos: os homens de bem, os que se dão bem e os que são flagrados com os bens. Bolsonaro foi eleito vendendo a tese de homem de bem.

Se não vetasse nada, o Centrão iria gostar muito do presidente. Mas como está pressionado, se sente compelido a vetar mais do que gostaria. O prazo termina nesta quinta (5), quando será publicado no Diário Oficial a decisão do presidente. O diabo vai ser se o congresso resolver derrubar o veto presidencial. 


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