O projeto da Lei sobre abuso de
autoridade se transformou num problema para o Capitão. De um lado, a favor da
sanção integral está um pedaço bandalho da política, desejosos de enquadrar
juízes, promotores e investigadores.
Do outro lado, mesmo sem entender
quase nada do assunto, mas que apoiam a Lava jato e o esforço anticorrupção
está o pedaço das ruas, o povão que é levado pelo noticiário. Estes pensam que
o projeto é a favor de corruptos, como se nenhuma autoridade cometesse abusos. Estes não assistem diariamente toda sorte de abusos cometidos por autoridades, pois como disse o Ministro do Supremo Gilmar Mendes, "quem tem o poder, tende a abusar dele" e a lei de abuso é de 1965, ou seja, os tempos eram outros, é preciso sem dúvida atualizar e quem não comete abusos não tem do que se preocupar.
Bolsonaro equilibra-se entre estes
dois extremos: a maioria da classe política, que é a favor da lei e um pedaço do povo,
que é contra. Desde então, ouviu um ronco do asfalto, bombardeios nas redes
sociais, pesquisas que revelam um aumento na sua taxa de popularidade.
De repente, o capitão passou a falar
em 20 vetos ao projeto. O resumo da coisa é o seguinte: existem três tipos de
políticos: os homens de bem, os que se dão bem e os que são flagrados com os
bens. Bolsonaro foi eleito vendendo a tese de homem de bem.
Se não vetasse nada, o Centrão iria
gostar muito do presidente. Mas como está pressionado, se sente compelido a
vetar mais do que gostaria. O prazo termina nesta quinta (5), quando será publicado no Diário Oficial a decisão do presidente. O diabo vai ser se o congresso resolver derrubar o veto presidencial.
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