Maior
instituição de ensino superior do Estado, a Universidade Estadual do Ceará
(Uece) sofreu corte de 23% de seus recursos para custeio de 2014 até o ano
passado.
Essa rubrica, que se
destina à manutenção da universidade, viabiliza o pagamento de serviços como
fornecimento de água, energia, telefone, segurança e compra de insumos para
pesquisa.
Vice-reitor da
instituição, o professor Hidelbrando Soares afirma que, nesse período, a Uece
foi alvo de “sucessivos contingenciamentos” orçamentários, a semelhança do que vem fazendo o
presidente Jair Bolsonaro (PSL) no plano
nacional.
“O mais duro foi no ano
de 2015, mas os contingenciamentos seguiram os demais anos”, disse o
vice-reitor.
“Mesmo
com a incorporação de novas atividades dentro do custeio da instituição”,
acrescenta Soares, “como o funcionamento dos campi de Tauá e Mombaça e o
Restaurante Universitário da Fafidam/Limoeiro do Norte, continuamos,
praticamente, com o mesmo limite financeiro de custeio do ano de 2014”.
Naquele ano, a cota do
custeio da Uece foi de R$ 32.737.616,51. Em 2019, esse valor se mantém em R$
32.862.663,29. Neste ano, o orçamento
total da Uece, que inclui pagamento de folha (ativos e inativos), é de R$
263.111.419,25.
Desse universo, R$
221.701.343 são consumidos apenas pelas despesas correntes (pagamento de
pessoal e encargos).
Ainda conforme o
vice-reitor, um corte neste momento impossibilita também “a realização de
concurso público necessário ao preenchimento de vagas abertas por
aposentadoria, falecimento e exoneração de docentes e servidores”.
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