Uma
semana depois do senado ter aprovado
projeto que eleva em 16,39% os salários dos ministros do Supremo e dos
Procuradores (promotores), uma comissão de deputados se reúnem nesta semana
para analisar o projeto que congela o reajuste dos servidores federais que
deveria ser pago agora em 2019.
O
congelamento do reajuste é resultado de uma MP enviada por Temer. Antes de ir a
plenário, a MP precisa passar por uma comissão formada por deputados e
senadores. Em nome do ajuste fiscal, o governo diz que o reajuste precisa ser
adiado para 2020.
Beleza,
a coisa parecia lógica, mas perdeu nexo depois dos 16,39% de aumento para os
juízes. Se a MP for aprovada, tem-se uma
economia de 4,7 bilhões em 2019 e se o aumento dos ministros do supremo custará
entre 4 a 6 bilhões por ano.
Para restaurar a
lógica, Temer precisaria vetar o aumento que elevou os salários da cúpula do
Supremo e da Procuradoria de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil por mês. Mas é
improvável que um presidente em fim de mandato, com duas denúncias por
corrupção e dois inquéritos criminais sobre os ombros, se anime a desafiar os
interesses monetários da nova CUT, Central Única das Togas.
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