Empurrado
para fora da liderança do PMDB no Senado, Renan Calheiros saiu batendo a porta. Chamou Michel
Temer de “covarde” e disse que Eduardo Cunha manda no governo a partir da
cadeia. Como se fosse pouco, insinuou que é verdadeira a acusação do delator
Joesley Batista de que Temer avalizou a compra do silêncio de Cunha.
Do alto da
tribuna do Senado, Renan fez pose de benfeitor dos trabalhadores, atacando
Temer por levar a ferro e fogo a reforma trabalhista. Em verdade, o senador se
fantasia de militante da CUT porque sua reeleição ao Senado, em 2018, corre
riscos. Ao se reposicionar em cena, Renan comporta-se como criança que brinca
no barro depois do banho.
Réu no Supremo,
Renan revela sua vocação para piada ao sugerir a saída de Temer. Há seis meses,
pegou em lanças contra despacho judicial do ministro Marco Aurélio Mello, do
STF, ordenando que deixasse a poltrona de presidente do Senado. Investigado em
11 inquéritos, Renan corre o risco provocar uma epidemia de risadas com suas
críticas a Cunha.
Ele é da turma do "estancar a sangria".
Nenhum comentário:
Postar um comentário