Mulheres brasileiras vítimas de
uma organização internacional especializada no tráfico humano eram exploradas sexualmente por até oito horas por dia em boates na Itália
e Eslovênia, segundo informou a Polícia Federal nesta quarta-feira (15), em
Fortaleza.
As vítimas eram levadas do Ceará e, ao chegar ao exterior, eram
forçadas a trabalhar para pagar a viagem, o aluguel e demais despesas para os
aliciadores. A polícia prendeu 14 pessoas suspeitas de participação no
esquema ilícito, que
vinha sendo investigado desde 2013.
Segundo
a delegada federal Juliana Pacheco, as mulheres estavam cientes que a viagem
era para prostituição, mas não sabiam que teriam a liberdade restrita. As
vítimas ficavam alojadas juntas em apartamentos e quartos de hotéis, muitas
vezes em péssimas condições de moradia. A investigadora acrescentou que as
mulheres precisavam dividir o dinheiro que ganham e pagar aluguel que chegava a
480 dólares.
"Elas
eram ameaçadas caso não cumprissem os programas. As vítimas chegavam a
trabalhar de 19h à 0h em uma boate, e de 0h às 2h em outra boate", contou.
Juliana Pacheco acrescentou que algumas não sabiam que iam trabalhar na
prostituição. "Algumas delas realmente não sabiam que iam trabalhar neste
ramo". (G1)
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