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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Casa Civil: Padilha não é bom exemplo, mas é ótimo aviso

Na Era petista, a Casa Civil da Presidência da República foi ocupada por seis personagens. Dois estão presos em Curitiba (Dirceu e Palocci), uma foi fisgada na Operação Zelotes (Erenice), dois encrencaram-se nas franjas da Lava Jato (Mercadnate e Gleisi) e uma outra foi vendida ao eleitorado como gerente impecável e terminou sua carreira moída pelo impeachment (Dilma). O histórico recomenda comedimento. Mas Eliseu Padilha pisa nas evidências distraído.
É preciso reconhecer que o todo-poderoso da Casa Civil de Michel Temer tem razão. Se aquela gravação em que ele foi pilhado explicando como o Ministério da Saúde saiu das mãos de um médico insigne para cair no colo de um deputado insignificante significa alguma coisa, é o triunfo a rendição do governo Temer à mesmice que sempre foi tratada como algo “absolutamente normal”. 
Do jeito como as coisas sucedem, sob absoluta normalidade, o país vive um período de hedionda expectativa: qual será o primeiro escândalo da Era Temer? 
Não se sabe o nome e o partido do futuro réu. Mas o escândalo que o projetará toma forma, vem vindo. Depois, Padilha e Temer dirão que não sabiam de nada. E lamentarão os malfeitos. Farão a promessa de que o governo cortará na própria carne. Talvez digam que não ficará pedra sobre pedra. Mas realçarão que o aliado merece o benefício da dúvida. Que diabo, ele ainda não foi denunciado. O Supremo Tribunal Federal não o converteu em réu. Não há uma sentença! Por que afastá-lo?

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