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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Só Padilha não vê as mãos grandes dos Lobões

Na definição de Eliseu Padilha, o chefão da Casa Civil de Michel Temer, a participação dos partidos nos governos não é normal. “É mais do que normal, é absolutamente normal.” 
Saiu às ruas mais uma operação político-policial. Dessa vez, investiga-se o eletrolão. É irmão gêmeo do petrolão. A diferença é que envolve assaltos praticados por PMDB e PT em obras do setor elétrico, não da Petrobras.
Entre os alvos da nova operação está Márcio Lobão, da mesma alcateia de Edison Lobão. Apura-se, entre muitas outras coisas, a suspeita de que o filho recebeu em nome do pai propinas do consórcio de empresas responsável pelas obras de Belo Monte. Propinas que eram rachadas o PT e com outros pajés da tribo do PMDB, a saber: Romero Jucá, Renan Calheiros, Jader Barbalho e Cia.
O que mais incomoda não é a investigação do assalto, mas a impressão de que os suspeitos continuam em cena. O filho de Lobão ocupa um posto de comando no Banco do Brasil. O cupincha de Jader despachava no Ministério dos Transportes até o mês passado. Aguarda nova colocação. Tudo pode mudar no país, exceto o PMDB, que continua.
Se a história política brasileira mostra alguma coisa, é que depois da reabertura democrática, tudo muda no país, menos o PMDB, que está sempre nas proximidades dos principais cofres. Enquanto houver padilhas dispostos a fazer o papel de uma Chapeuzinho Vermelho ingênua, o Tesouro Nacional continuará sendo mastigado junto com a vovozinha. Falta ao enredo alguém que se anime a perguntar para os lobões do PMDB: “Por que essas mãos tão grandes?”

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