Presidente
do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL) se recusou ontem a assinar
notificação de afastamento da presidência da Casa. A decisão liminar é do
ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello. O episódio agrava
crise entre poderes Judiciário e Legislativo.
O STF tem sessão hoje para decidir se afasta mesmo Calheiros
da presidência, o que pode comprometer as pautas do governo. A Mesa Diretora do
Senado manteve o peemedebista no cargo até a votação do pleno do Supremo.
Réu, Renan recebeu ordem do ministro Marco Aurélio Mello, do STF,
para deixar a presidência do Senado, retirando-se também da linha de sucessão
da Presidência da República. E decidiu simplesmente descumprir a ordem. Fez
isso com a cumplicidade da Mesa Diretora do Senado, majoritariamente composta
de vassalos.
As manobras de Renan para descumprir a ordem de um ministro do
Supremo transformaram a encrenca judicial de um senador num processo de
desmoralização do Senado. Renan tentou atrair também o apoio de Michel Temer,
que preferiu o silêncio.
Se Deus escolhesse um lugar para morar, seria o Brasil. Como não
pode, Renan se oferece para substitui-lo.
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