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terça-feira, 17 de maio de 2016

Escolas Estaduais: 22 dias de greve


A greve dos professores do Estado já computa 22 dias. Nesta segunda-feira (16/05) o Secretário de Educação do Estado Idilvan Alencar recebeu o Sindicato Apeoc e apenas os pontos já propostos foram confirmados, ou seja, mais recursos para a merenda escolar e manutenção das escolas, além de aquisição de mais computadores e reforma de prédios escolares.

No que se refere ao reajuste de salários requisitado em 12,67% o Secretário disse que o governo só vai se manifestar no dia 06 de junho, mas que concordava em conceder um reajuste diferenciado para o magistério. Disse que o governo não vai aderir ao PLC 257, que penso ser absurdo, já que o Estado compromete sua arrecadação no pagamento de juros da dívida e em pouco tempo pode chegar a situação do Rio de Janeiro se não negociar.

Nesta quarta-feira (18/05) haverá uma assembléia com professores na capital para definição da continuidade ou não da greve. O fato é que pelas palavras, tem-se aí duas situações. 01) A inflação de 2015 foi medida em 10,67% o que significa que os salários encolheram este percentual no que se refere ao poder de compra.

02) O piso do magistério foi definido em 11,36%. Todavia, a economia está em crise, o que faz com que o gasto de despesa com pessoal chegue próximo aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei 101/2000) por conta da queda de arrecadação. No estado, o limite é 49% e já está em 46%. A LRF diz que quando o gasto está a 95%  do limite, não se pode mais aumentar em um tostão a despesa.


Assim, se o governo for conceder algum reajuste, será simbólico, apenas para não dizer que nada fez. Como já paga o piso, a justiça não pode obrigá-lo a conceder reajuste acima deste. Por outro lado, os salários encolheram 10,67% por conta da inflação. Para que a greve seja considerada legal é necessário que 30% dos professores continuem em sala de aula. 


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