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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Com Cunha e Renan, Marta ataca a corrupção

Marta Suplicy deixou o PT fazendo pose de navio que abandona os ratos. Numa entrevista concedida em janeiro, ela ensaiara o movimento: “Cada vez que abro um jornal, fico mais estarrecida com os desmandos do que no dia anterior. É esse o partido que ajudei a criar e fundar?”.
Neste sábado (26), Marta filiou-se ao PMDB —um partido que quer “livrar o Brasil da corrupção e da mentira”, ela discursou. A ex-petista tinha do seu lado, entre outros, Renan Calheiros e Eduardo Cunha. A dupla não oferece propriamente um bom exemplo. Mas é um extraordinário aviso.
“A gente quer um Brasil livre da corrupção e das mentiras, livre daqueles que usam a política como meio de obter vantagens pessoais”, Marta insistiu. “Afinal, eu estou no PMDB do doutor Ulysses, que redemocratizou o país, e do Michel, que vai reunificar o país.”
Marta ainda não se deu conta, mas o PMDB de Ulysses Guimarães morreu. Mergulhou nas águas de Angra dos Reis em outubro de 1992. E seus restos mortais jamais foram localizados. Quanto a Michel Temer, antes de “reunificar o país”, ele terá de esperar até que o PMDB, às voltas com a penúltima reforma ministerial de Dilma, satisfaça todas as suas pulsões fisiológicas.
Se a sensibilidade auditiva fosse transportada para o nariz, quem escutasse Marta discursando no ato de filiação ao PMDB sentiria um mau cheiro insuportável. (Josias de Souza)

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