Para o indiano Mahatma Gandhi, ele “é a força mais sutil do mundo”. O filósofo Platão o classificou como “uma perigosa doença mental”. Segundo o apóstolo Paulo, “nunca falha”. E, nas palavras do compositor Tom Jobim, é “uma verdadeira sacanagem”. Desde os tempos bíblicos até a era do Facebook, as maiores mentes da humanidade se debruçaram sobre os mistérios e caprichos do amor. Nenhuma delas, no entanto, foi capaz de bater o martelo sobre o porquê da fascinação que temos em torno do sentimento. Afinal, por que nos apaixonamos? É o amor o sinônimo máximo da felicidade humana?
Para a ciência, a resposta é sim. “Existe uma química específica do amor. Sempre que o cérebro recebe a informação correspondente, ele secreta hormônios que vão aquecer o organismo, alterar os sinais de vitalidade, mudar o brilho da pele e a cor dos olhos”, explica o psiquiatra e autor do livro Ciúme: entre o amor e a loucura (Editora República Literária), Wimer Bottura. São os hormônios, aponta o médico, os responsáveis pela “sensação de felicidade” dos apaixonados.
O principal deles, a ocitocina, é conhecido como a “molécula do amor”. É ela a responsável pelo vínculo de afetividade existente entre os casais. É também a ocitocina quem realiza liberação da dopamina, neurotransmissor que atua no sistema de recompensa do corpo humano e induz sensações de prazer. “A paixão é uma forma de alívio do corpo humano. E o alívio, muitas vezes, pode ser confundido com um grande prazer. Por isso, ela pode, muitas vezes, viciar”, assegura.
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