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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Remédio usado para burlar bafômetro não elimina os efeitos


Com a Lei Seca no trânsito sobre rodas mais rigorosa desde janeiro, para os motoristas que forem flagrados embriagados dirigindo veículos, voltam a circular na Internet informações de ser possível burlar a fiscalização. A informação é de que se pode driblar o bafômetro ao tomar alguns comprimidos do princípio ativo pidolato de piridoxina, derivado da vitamina B6.
Indicado para tratamento de pessoas com problemas hepáticos, como cirrose, o remédio age na remoção do álcool dos tecidos e do sangue, conforme a bula. Com tarja vermelha, deve ser vendido com receita médica. De acordo com José Luís Maldonado, assessor técnico do Conselho Federal de Farmácia, apesar de o medicamento acelerar o metabolismo do álcool no organismo, não elimina os efeitos da substância no comportamento da pessoa.
“A coordenação motora e a habilidade dos reflexos não melhoram com o uso do medicamento. Ele não dá condições de dirigir em segurança”, explicou.
Efeitos colaterais: Maldonado esclareceu que o medicamento é aplicado na recuperação de pessoas que sofrem de intoxicação severa por álcool ou aquelas que estão com problemas hepáticos, como cirrose hepática e fígado alcoólico. O remédio provoca também efeitos colaterais, continuou Maldonado. Entre os quais sonolência, dor abdominal, vômito, náusea e, em grandes quantidades, pode levar à trombocitopenia (problema com a capacidade de coagulação).
 Paulo Chizzola, gerente e médico do laboratório fabricante, disse que o medicamento não funciona com o fim de burlar o bafômetro: “Ele acelera o metabolismo do álcool no sangue, mas não o anula’”, esclareceu. Lembrou que a substância deve ser tomada com a orientação médica. (Jornal O Povo)

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