Hoje é comemorado o Dia Mundial do Orgasmo. A data foi criada por
uma rede britânica de sex-shop. Segundo pesquisas encomendadas pelos donos
dessas lojas, 80% das mulheres no Reino Unido não chegam ao clímax no ato
sexual.
As brasileiras, aparentemente, têm mais prazer. Em uma pesquisa do Datafolha de 2009, 39% das entrevistas afirmaram sempre chegar ao orgasmo e 37%, quase sempre. Entre os homens, 76% disseram que sempre "chegam lá". Um outro estudo, realizado pelo Projeto Sexualidade (Prosex) da Universidade de São Paulo (USP), mostrou que 29,3% das brasileiras com mais de 18 anos sofrem com disfunção orgásmica e 34,6%, com a falta de desejo sexual.
As principais causas são fatores psicológicos, segundo Gerson Pereira Lopes, presidente da Comissão Nacional Especializada em Sexualidade da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Mas fatores fisiológicos também podem impedir o prazer. Por exemplo, uso de medicamentos como inibidores de apetite e antidepressivos, que retardam a ação do sistema nervoso central, dificultando o orgasmo.
Disfunção hormonal ou má formação congênita da região genital, também estão entre as causas orgânicas, segundo Hugo Miyahira, vice-presidente da Região Sudeste da Febrasgo.
Prazer bloqueado
De acordo com Miyahira, de 15% a 30% das mulheres são afetadas
pela anorgasmia, disfunção que bloqueia o orgasmo e pode ser absoluta ou
eventual. A anorgasmia pode ser causada por acidentes que atingem a medula,
alterações hormonais e anormalidades no formato da vagina, útero ou músculos da
região genital. "Mas todos estes problemas são reversíveis com
encaminhamento adequado", afirma o médico.
Já na
chamada frigidez a falta de desejo compromete a lubrificação vaginal, o que
torna a relação desprazerosa. Lubrificantes, psicoterapia e reposição hormonal
(na menopausa) são possibilidades para tratar o problema.
Fonte:
Diário do Nordeste
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