Barracos improvisados, margens de rios repletas de moradias, construções irregulares e terrenos que, da noite para o dia, são ocupados por quem busca um lugar para morar. Fortaleza ainda possui um déficit habitacional de 75 mil famílias e, ontem, 300 destas começaram a demarcar lotes em um terreno pertencente à Universidade Estadual do Ceará (Uece). A reivindicação é por integração ao programa Minha Casa, Minha Vida (MC, MV) que, na Capital, tem quase 90 mil inscritos e apenas 776 unidades habitacionais entregues.
A ocupação, que teve início por volta das 4h30, foi planejada há meses e é liderada pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MBL). Famílias de cinco bairros (Henrique Jorge, Antônio Bezerra, Pan Americano, Mucuripe e Curió) pleiteiam a inserção no MC,MV modalidade Entidade, que funciona por meio de concessão de financiamentos a beneficiários organizados por uma Entidade Organizadora.
O terreno ocupado está localizado na rua Betel, próximo ao Centro de Zoonoses do Estado. Em sua extensão, fitas e sacos coloridos dividam espaço com a cerca original do lugar. Nas calçadas, crianças, senhoras, homens e mulheres pareciam demarcar o terreno com a própria presença. Próximo à entrada improvisada para entrada de madeira, lonas e tijolos no terreno, existia uma aglomeração de pessoas, moradores do entorno que viram a movimentação e decidiram também pleitear um espaço dentro do terreno.
Fonte: Jornal O Estado
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