Apesar da indiscutível multiplicação virtual em busca de
relacionamentos sérios nas redes sociais, ainda é grande o número de mulheres a
acreditarem e apostarem nas graças de Santo Antônio, o casamenteiro, na
transformação do sonho do matrimônio em realidade. Ninguém sabe ao certo quem
teve o favor divino atendido.
A maioria prefere não revelar com receio de ter a
união amaldiçoada após a troca de alianças. Nas cidades onde o santo aliado das
mulheres foi nomeado seu padroeiro, os pedidos, seguidos de orações, se tornam
ainda mais frequentes nas festividades em homenagem ao protetor religioso. Em
Quixeramobim, no Sertão Central do Ceará, essa tradição é mantida há mais de
250 anos.
A professora Maria do Socorro Farias viajou mais de 200Km, de
Fortaleza a Quixeramobim. Ela aproveitou a oportunidade para fazer o pedido
matrimonial no altar da Igreja Matriz.
Todos os dias, o número de pedidos aumenta aos pés do santo na Igreja Matriz de Quixeramobim. As flores também são trocadas com mais frequência nos 13 dias de festividades em seu louvor. Muitas preferem esses dias. Há motivo. "O santo fica mais feliz quando está sendo homenageado e atende as graças com mais rapidez", explica a devota Maria Aparecida. "Quando a gente senta à mesa, no barracão, não demora muito pra aparecer algum cavalheiro galanteador. Com certeza é coisa do nosso santo. Se ainda não tenho um marido é porque sou muito exigente. Pretendentes não faltam, mas não gosto de homem farrista e nem de quem passa a noite agarrado no computador".
Fonte:
Diário do Nordeste
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