A
ministra Ideli Salvatti, coordenadora política de Dilma Rousseff, reuniu-se a
portas fechadas com os líderes do PT e do PMDB. Longe dos refletores, tentou
explicar o rumoroso caso das lanchas adquiridas pelo Ministério da Pesca.
As lanchas custaram ao
Tesouro R$ 31 milhões. Auditoria do TCU descobriu que 23 das 28 embarcações
encontravam-se paradas, em vias de virar sucata. Detectaram-se, de resto,
indícios de superfaturamento, pagamentos antecipados, serviços não realizados e
aditivos contratuais suspeitos.
De
acordo com os registros do TSE, os R$ 150 mil da Intech Boating pingaram nas
arcas do PT catarinense em 13 de agosto de 2010. O partido bancou 81% dos
custos da campanha de Ideli. Em reais: R$ 2,9 milhões. Na semana passada, José
Neto já havia reconhecido que contribuiu com o PT “a pedido” do Ministério da
Pesca.
Quer dizer: a ordem para
a compra das lanchas inservíveis partiu do ex-ministro Gregolim, petista como
Ideli, catarinense como ela. Cuidou da captação eleitoral o petista Bacha,
engajado na campanha de Ideli. Nomeada ministra, Ideli mandou pagar a
derradeira fatura ao fornecedor. Mas Ideli não tem nada a ver com o peixe.
Aos
líderes, a coordenadora política de Dilma afirmou que, se tivesse migrado da
campanha de 2010 direto para a pasta das Relações Institucionais, sem fazer
escala na Pesca, ninguém estaria invocando a participação dela na encrenca.
Será? “Não é problema meu”, disse Ideli. “Se alguém tem que explicar, não sou
eu.”
blog do Josias
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