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quinta-feira, 8 de março de 2012

Ceará lidera redução em média de filhos por mulher


O Ceará foi o estado que mais reduziu o número médio de filhos por mulher entre 2000 e 2010. Caiu de 2,56 na primeira amostragem para 2,04 na última, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no censo de dois anos atrás. Uma variação negativa de 20,48%, conforme dados divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica (Ipece).
 Todas as Unidades da Federação apresentaram recuo nas taxas de fecundidade (ver tabela), que considera parâmetros de natalidade e mortalidade.
Se avaliados apenas os números absolutos do Nordeste em 2010, porém, o Ceará ainda está atrás de Pernambuco (1,95), Sergipe (2,01) e Bahia (2,03). “Quero, agora, priorizar os estudos e buscar estabilidade no emprego antes de ter filhos”, afirma a estudante Rafaela França, 24.
Ela é casada há dois anos e estima que deve reunir as condições necessárias para ser mãe até 2014. A jovem se preocupa em conciliar o trabalho e a educação dos (futuros) filhos, além de se preparar para aumento dos gastos em casa.
Para os formuladores do estudo, essa retração nacional pode ter três causas. A primeira delas é o alcance do Programa Saúde da Família (PSF), ampliado a cada ano pelo Governo Federal. Nele, equipes multidisciplinares atuam em áreas específicas, promovendo ações de saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes.
Outro fator é a elevação, ano a ano, do nível de escolaridade das mulheres. “Historicamente, as mais pobres têm mais filhos. Quanto maior a instrução, menor o número de crianças”, pontua o diretor-geral do Ipece, Flávio Ataliba, citando a melhoria da estrutura da rede pública de saúde como terceira causa.
O Povo

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