O
movimento grevista do setor de segurança do Rio de Janeiro trincou. Neste
sábado, os policiais civis decidiram suspender a paralisação. A Polícia Militar e o
Corpo de Bombeiros divergiram. A despeito da baixa adesão à greve, optaram por
permanecer de braços cruzados.
Diferentemente do que ocorreu na
Bahia, a adesão à greve foi branda. Também a reação do governador Sérgio Cabral
(PMDB) contrastou com a do colega baiano Jaques Wagner (PT). No Rio, o Estado
pegou pesado.
Foram
presos, por enquanto, 17 policiais militares revistas. Outros 129 encontram-se
sob risco de punição. No Corpo de Bombeiros, um oficial foi exonerado e 162
guarda-vidas arrostaram prisões administrativas por faltar ao trabalho –123
foram detidos na sexta, outros 39 neste sábado.
Afora as punições disciplinares,
outros 11 bombeiros tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça. Oito já
foram recolhidos ao presídio de Bangu 1, onde já estava hospedado, desde a
noite de quarta, o cabo Benevenuto Daciolo –aquele que foi pilhado em grampo
telefônico tramando a propagação da greve da Bahia para o Rio e outros Estados.
“A
greve não teve êxito”, declarou Sérgio Cabral. De fato, observa-se nas ruas do
Rio uma atmosfera de normalidade que dispensou, por enquanto, a entrada em cena
do Exército –14 mil soldados mantêm-se em estado de prontidão– e da Força
Nacional de Segurança.
Blog
do Josias
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