Na
semana passada, o Ministério da Saúde lançou uma campanha de prevenção contra a
Aids. Coisa voltada para o Carnaval. Decidiu-se priorizar o público gay. Por
quê? As estatísticas mostram que é entre os homossexuais que a doença prolifera
com maior intensidade. No ano passado, anotou-se um crescimento de 10,1% na
incidência da doença entre os gays.
A campanha do ministério revelou-se compatível com o
objetivo traçado. Levou-se ao site da Saúde sobre Aids uma publicidade em
que dois homossexuais aparecem trocando carícias numa boate. Ao final, um
convite ao uso da camisinha.
Pois bem.
Durou pouco a ousadia oficial. Nesta quinta (9), o ministério retirou da web a peça recém-veiculada.
Alegou-se que fora concebida para ser exibida apenas em locais fechados. Onde?
Como? Não foi dito. Afirmou-se apenas que a exibição no portal do ministério
deveu-se a “um equívoco”.
Na véspera, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) dissera
que encontra-se em fase final de produção um vídeo comportado o bastante para
ser exibido em canais abertos de TV. Decerto
exibirá duas beatas desaconselhando o sexo. Quem sabe fique pronto depois da Quarta-Feira de Cinzas, quando Inês já
será morta.
Quanto ao
filme censurado, cabe perguntar: por que diabos gastou-se dinheiro público na
produção de uma peça destinada a ficar vem escondidinha? O Congresso deveria
aprovar uma lei proibindo a censura de qualquer publicidade com cenas
explícitas de hipocrisia.
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