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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Em recesso, o Senado passa por ‘desratização’


A duas semanas do final, o recesso parlamentar ganhou um símbolo: o rato. Normalmente, é notívago. Como certos políticos, age na treva. Teme a luz do dia. Só sai da toca à noite.

Ausentes os egocêntricos intrusos, os roedores deram azo ao ratocentrismo. Tomaram posse. Há dois dias, véspera do depoimento de Fernando Bezerra, deu-se o inusitado.

Um rato decidiu dar as caras na Secretaria-geral da Mesa do Senado. Em pleno horário de expediente. A assessoria de José Sarney preparava a audição do ministro.

Como que irritado com religamento extemporâneo das caldeiras do Congresso, o rato perdeu a cabeça. Mordeu o pé de uma servidora. Por mal dos pecados, ela calçava sandálias.

A reação foi instantânea. Implacável. Inapelável. Determinou-se a desratização da Secretaria-geral. De quebra, encomendou-se a dedetização do ambiente.

Injusto, muito injusto, injustíssimo. Brasília há muito ganhou a forma de um queijo 100% feito de buracos. O STF inibiu o uso do politicida da Ficha Limpa. Por que, então, a reserva de mercado?

Josias de Souza

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