O Ceará registrou um aumento de casos de síndromes gripais, principalmente infecções pelo vírus Influenza. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), em dezembro, o Estado atingiu 174 casos confirmados de Influenza A. Com a disseminação da variante H3N2, é importante relembrar que os olhos também podem ser a porta de entrada para o vírus. Entre os sintomas da doença, está a irritação ocular.
Apesar de não ser a principal porta de entrada, a infecção por meio
dos olhos é possível. "O principal é a via respiratória, por isso da
importância de usar máscaras e evitar aglomerações. Mas o olho, como tem uma
comunicação direta com a via respiratória, também pode ser uma via de entrada
dessas viroses, tanto influenza, quanto o adenovírus e o coronavirus", esclarece
o oftalmologista Alexis Galeno.
Atualmente, há três
tipos de vírus Influenza conhecidos: A, B e C. O Influenza A pode ser
classificado ainda em subtipos: o H1N1 e o H3N2. Os sintomas se assemelham a
outras síndromes gripais, como inflamação na garganta, calafrios, febre,
mal-estar, tosse, vômitos, dores nas articulações, diarreia e irritação nos
olhos. Essas viroses acometem, principalmente, neste período de chuva, onde as
pessoas costumam se aglomerar mais e procurar ficar em ambientes mais fechados.
"Quando você tem contato com uma pessoa que expele, por via da
saliva, partículas que contém vírus, elas podem além de entrar nas vias
respiratórias, também podem contaminar o filme lacrimal", explica Alexis
Galeno. "Esse filme lacrimal é drenado para o seio nasal. Então ele desce
pela via respiratória como se fosse uma infecção", continua. Segundo o
especialista, apesar da taxa de transmissão ocular ser baixa, evitar as
aglomerações ainda é importante.
As recomendações para evitar a contaminação pelo
H3N2 se assemelham ao de outras síndromes gripais, como a Covid-19. "É
essencial evitar coçar com as mãos os olhos, porque a gente tende a pegar
objetos contaminados ou até coçar o nariz e, depois, a tendência é levar a mão
aos olhos. Nesse ato, você pode se contaminar com o vírus", diz Alexis.
"A higiene das mãos com certeza é um dos meios mais eficazes.
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