Em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, nesta quarta-feira (1º), o ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que defenderá o direito do casamento civil entre as pessoas do mesmo sexo.
Provocado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que é
homossexual, sobre como se posicionaria em relação ao tema, Mendonça, que é
pastor evangélico, foi direto. “Se tivesse uma discussão no Supremo sobre esse
assunto, pode ter certeza que eu respeitaria os mesmos direitos civis, não
apenas em relação ao casamento como à vida familiar”, prometeu. O ex-ministro
garantiu que, se aprovado pelo Senado, vai separar a sua “concepção de fé” da
atuação na Suprema Corte.
Especificamente sobre a comunidade LGBTQIA+, Mendonça defendeu
ser inaceitável qualquer tipo de discriminação. “Em relação à situação da
violência LGBT, não se admite qualquer tipo de discriminação. É inconcebível
qualquer ato de violência física, moral e verbal em relação a essa comunidade.
Logicamente, também com a ressalva trazida no Supremo Tribunal Federal, em relação
à liberdade religiosa, mas, ainda assim, fazendo-se com o devido respeito a
todas as pessoas”, disse.
Direito de minorias
Além da comunidade LGBTQIA+, democracia e direitos de populações como
indígenas e quilombolas e de mulheres é um tema bastante explorado pelos
senadores durante a arguição de hoje.
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