Bebê foi jogado em bueiro da cidade de Caucaia |
Como Antônio era casado com outra mulher, ele não queria assumir a relação extraconjugal, nem a criança. O homem afirmou que precisaria prestar explicações à comunidade. Eles são suspeitos de matar e esconder o corpo do bebê recém-nascido.
O diretor do Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Harley Filho, e o delegado 18º
Distrito Policial de Caucaia, Regis Pimentel, informaram que a mulher estava
com 8 meses de gestação quando tomou um abortivo. Ao invés de abortar, o
medicamento acelerou o parto e acriança nasceu.
Os agentes disseram que quando ela teve a
criança, Jamile resolveu sufocá-lo para causar a morte do recém-nascido. Sem
alcançar o resultado desejado, ela desferiu golpes com um garfo contra a
criança e o guardou em um móvel. O procedimento seguinte foi colocar a
criança em um saco e entregar a Antônio, que deixou o bebê morto no bueiro.
O caso começou a ser investigado quando Jamile procurou uma unidade
hospitalar alegando ter sofrido um aborto espontâneo. Os profissionais de saúde
perceberam que não se tratava de algo espontâneo, e sim um aborto com métodos
de violência. Os delegados disseram ainda que a vizinhança havia
percebido a ausência do bebê e desconfiado da situação.
A comunidade ao redor do imóvel onde o
homem morava resolveu se manifestar diante do ocorrido. Pessoas colocaram fogo
do veículo dele, além de roubarem e depredarem a residência. A Polícia informa
que essa situação também será investigada.
A casa do
líder religioso
O líder religioso morava em uma residência onde mantém uma igreja no térreo, uma residência dividida com a esposa no primeiro andar e, nos fundos, acolhe pessoas em vulnerabilidade. A mãe do bebê morto era uma dessas pessoas. Eles mantinham um relacionamento amoroso e, para que a esposa de Antônio não soubesse da traição, ele sugeriu o aborto. Ainda conforme a Polícia, ela teria ido no sábado, 6, à casa de um parente para tomar um abortivo.
A Polícia pretende investigar a
influência que ele exercia sobre as pessoas ligadas à igreja. O intuito é saber
se ele se aproveitou de outros fiéis. Além disso, o delegado de Caucaia
informou que o líder religioso procurou a Polícia local, pois estava sob
ameaças da comunidade, por causa da situação. Em depoimento, ele informou o
lugar onde havia escondido a criança. Por fim, por causa de a igreja não
possuir nenhum cadastro formal para atuar, o homem vai ser investigado também
por charlatanismo. (O Povo)
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