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quinta-feira, 11 de novembro de 2021

16 municípios cearenses vão ser investigados pelo Ministério Público por desperdício de vacinas contra Covid


 O Ministério Público do Ceará investiga um possível desperdício de vacinas contra a Covid-19 em 16 municípios cearenses. De acordo com a Secretaria da Saúde (Sesa), erros no estoque, acondicionamento inadequado e não utilização no prazo estariam entre os fatores que podem estar levando ao perecimento de vacinas. 

Segundo dados da Sesa, até o dia 8 de novembro, 16 municípios oficializaram perdas de imunobiológico, especialmente da Pfizer, por irregularidades na cadeia de frio e conservação das doses, totalizando 14.627 doses que deixaram de ser aplicadas na população. 

Os municípios aos quais o MP se refere são:

  • Crato (5.322 doses)
  • Pacajus (2.340 doses)
  • Aquiraz (2.280 doses)
  • Barreira (1.248 doses)
  • Pindoretama (1.104 doses)
  • Icó (618 doses)
  • Orós (420 doses)
  • Hidrolândia (354 doses)
  • Jijoca de Jericoacoara (252 doses)
  • Porteiras (192 doses)
  • Ipaumirim (150 doses)
  • Potengi (102 doses)
  • Monsenhor Tabosa (84 doses)
  • Varjota (77 doses)
  • Farias Brito (54 doses)
  • Potiretama (30 doses)

Os promotores de Justiça vão fazer recomendações aos gestores dos municípios, que deverão tomar medidas para garantir a ampla cobertura vacinal, especialmente da segunde dose na população acima de 12 anos de idade, atuando com agilidade, busca ativa, desburocratização e simplificação do processo de vacinação, bem como realizando rigoroso controle do estoque dos imunizantes e evitando desperdício de vacinas, seja por vencimento dos produtos, mau acondicionamento ou outra causa.

O Ministério Público recomenda às secretarias de Saúde dos municípios que comuniquem ao órgão e à Sesa os casos de perda do imunizante, com número de vacinas desperdiçadas e o motivo pelo qual as doses precisaram ser inutilizadas.

Os municípios acionados pelo MP devem informar o estoque de vacinas, número de pessoas a serem vacinadas e a lista completa de pessoas cujas doses devem expirar nos dias seguintes num prazo de até 24 horas. É preciso notificar também ao MP caso haja o perecimento de vacinas ou vacinas com risco de expirarem o prazo de aplicação nos próximos cinco dias.

 

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