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sábado, 16 de outubro de 2021

MP apura caso de jovem absolvido por falta de provas após quatro anos preso

O Ministério Público Estadual (MPCE) abriu um procedimento administrativo para apurar responsabilidades no caso do jovem absolvido por falta de provas pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado (TJCE) após ficar quatro anos preso acusado de latrocínio. 

Paulo Ronielton de Sousa da Silva, de 23 anos, era acusado de matar, durante assalto, Yasmim Furtado Sousa, de 14 anos, em 2017, crime ocorrido em Pentecoste, no Vale do Curu. Ele já está em liberdade.

Na portaria que instaurou o procedimento, o MPCE aponta que o "indiciado (foi) denunciado e posteriormente se tornou réu porque a Polícia Civil do Ceará permitiu um reconhecimento fotográfico 'viciado'", conforme publicado no Diário Oficial do órgão de segunda-feira, 11.

Em nota, o MPCE afirmou que instaurou notícia de fato “com o intuito de apurar responsabilidades e que a Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial "irá investigar o caso em toda a sua extensão”. A notícia de fato, em seguida, foi transformada em procedimento administrativo.

O Código de Processo Penal prevê que o reconhecimento, entre outras coisas, deve ocorrer colocando a pessoa, cujo reconhecimento se pretende, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança. O procedimento não foi cumprido no caso.

Em nota, a Polícia Civil ressaltou que "foram realizadas oitivas e diligências que resultaram no referido indiciamento". Também destacou caber ao Poder Judiciário e ao Ministério Público requisitar novas diligências relacionadas caso necessário, "que serão de pronto atendidas".

 

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