Em publicação nas redes sociais, o governador Camilo Santana (PT) lamentou ação policial que deixou três baleados, dentre eles uma criança de 10 anos, em Hidrolândia na última sexta, 9. Segundo a Polícia Militar do Ceará (PMCE), o destacamento policial local foi acionado para atender uma ocorrência de disparos de arma de fogo efetuados por indivíduos que estariam em um carro escuro, mas há divergência em versões dos moradores.
Camilo
ressaltou apoio da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres
e Direitos Humanos (SPS) às vítimas e aos familiares afetados, além de
"rigor absoluto" na investigação por parte do secretário da
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e ao comandante da PM.
"Foi instaurado inquérito e os policiais afastados imediatamente das ruas.
Lamento profundamente o ocorrido", manifestou-se.
O caso aconteceu na última sexta, 9.
Segundo informações da Polícia Militar do Ceará (PMCE), a ação aconteceu como
circunstância de uma perseguição policial. Mas moradores da região refutam
a versão dos militares.
Segundo
eles, as três pessoas estavam soltando bombinhas em uma praça da cidade dentro
do carro. A polícia chegou a solicitar que eles parassem com a brincadeira, o
que supostamente não aconteceu. Ao saírem do carro, os relatos apontam que as
vítimas foram surpreendidas com disparos de arma de fogo efetuados pelos
policiais em uma viatura, que estava com as sirenes desligadas.
As vítimas
dos disparos não correm risco de morte, segundo o órgão de segurança pública.
Ainda, a pasta destaca que a equipe local foi acionada para atender uma
ocorrência de disparos de arma de fogo efetuados por indivíduos que estariam em
um carro escuro. "Os policiais que estavam na ocorrência disseram que
foi dada ordem de parada, mas o condutor do carro não teria obedecido. Diante
disso, uma perseguição foi iniciada e três ocupantes do carro foram atingidos
por arma de fogo", disse a PMCE em nota.
Em vídeo enviado
ao O
POVO gravado em uma unidade hospitalar da cidade, parentes
dos baleados refutam a versão policial citada. O vídeo mostra a criança baleada
e os outros dois jovens, respectivamente, em macas do hospital. "Sem
motivo nenhum! Que atirando o quê, senhor, atirando sem arma?", conversa
uma mulher com um policial. "Machucou a criança, machucou outro aqui. Não
abordaram, chegaram atirando".
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