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quinta-feira, 10 de junho de 2021

Em carta enviada a Izolda Cela, Sinepe cita fraudes no ensino remoto e pede retorno das aulas presenciais

Em carta enviada à vice-governadora do Ceará, Izolda Cela (PDT), nesta quarta-feira, 9, o Sindicato de Educação da Livre Iniciativa do Estado (Sinepe-CE), que representa os estabelecimentos de ensino da rede privada, pediu a retomada das aulas presenciais no ensino médio. 

No documento, a entidade argumenta que o modelo de educação a distância “não está funcionando'' e cita que, depois da implementação das aulas remotas, são cada vez mais recorrentes os episódios de fraudes em avaliações internas.

“Infelizmente, a maioria dos alunos vê na prova digital, realizada no conforto do lar, uma oportunidade para tirar notas boas e passar de ano sem estudar. São frequentes os relatos de alunos fazendo prova sem saber sequer qual o conteúdo cobrado. O problema é ainda mais sério porque há famílias que pagam professor particular para fazer prova no lugar do aluno”, diz trecho da carta, assinada pelo presidente do Sinepe, Airton de Almeida.


A mensagem ainda sugere que há uma contradição entre o cenário de dificuldades vivenciado pelos alunos na pandemia e os resultados de avaliações oficiais referentes ao ano passado. “Isso ficou ainda mais evidente quando o INEP divulgou que em 2020 o número de alunos aprovados no ensino médio cresceu 10%. De certo, esse crescimento não foi resultado de uma melhoria da escola brasileira em meio à pandemia. São as debilidades da avaliação digital que explicam tal ‘ganho’”.


A carta também sustenta que, caso as aulas presenciais não sejam retomadas, os alunos cearenses poderão amargar baixo desempenho no Enem 2021, em detrimento aos estudantes de outros estados do Nordeste, como Pernambuco, Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte, onde os governos locais já autorizaram a retomada das atividades, ainda que no modelo semipresencial. “

 

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