No documento, a entidade argumenta que o modelo de educação a distância “não está funcionando'' e cita que, depois da implementação das aulas remotas, são cada vez mais recorrentes os episódios de fraudes em avaliações internas.
“Infelizmente,
a maioria dos alunos vê na prova digital, realizada no conforto do lar, uma
oportunidade para tirar notas boas e passar de ano sem estudar. São frequentes
os relatos de alunos fazendo prova sem saber sequer qual o conteúdo cobrado. O
problema é ainda mais sério porque há famílias que pagam professor particular
para fazer prova no lugar do aluno”, diz trecho da carta, assinada pelo
presidente do Sinepe, Airton de Almeida.
A mensagem
ainda sugere que há uma contradição entre o cenário de dificuldades vivenciado
pelos alunos na pandemia e os resultados de avaliações oficiais referentes ao
ano passado. “Isso ficou ainda mais evidente quando o INEP divulgou que em 2020
o número de alunos aprovados no ensino médio cresceu 10%. De certo, esse
crescimento não foi resultado de uma melhoria da escola brasileira em meio à
pandemia. São as debilidades da avaliação digital que explicam tal ‘ganho’”.
A carta também sustenta que, caso as
aulas presenciais não sejam retomadas, os alunos cearenses poderão amargar
baixo desempenho no Enem 2021, em detrimento aos estudantes de outros estados
do Nordeste, como Pernambuco, Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte, onde os
governos locais já autorizaram a retomada das atividades, ainda que no modelo
semipresencial. “
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