O caso é de um soldado que teria adeiro à ocupação do 18º Batalhão de Polícia Militar, no Antônio Bezerra. Seu nome é Raylan Kadio Augusto de Oliveira. Na seara criminal, já são cerca de 350 os militares denunciados por causa da paralisação da Polícia Militar.
Conforme a decisão, o Raylan Kadio foi identificado em vídeo feito no batalhão, na noite de 27 de fevereiro, correndo, cantando e participando de uma espécie de solenidade de adesão ao movimento paredista, enquanto segurava a bandeira brasileira. Ele confirmou, em depoimento, que foi até ao local, mas disse que não aderiu ao movimento. Segundo afirmou, ele só foi até o local por "curiosidade" e por estar atravessando um quadro de ansiedade. Raylan Kadio ainda mencionou que os militares eram chamados de "covardes" caso não paralisassem.
Por fim, o soldado disse que, ao perceber que o
movimento era "sem sentido", ele voltou para casa, mas, antes, um
grupo de manifestantes o teria convencido a permanecer no local, entregando-lhe
uma bandeira do Brasil e colocando-o no centro da manifestação. "Arguiu
que o militar, foi um 'inocente útil' e que não agiu com dolo, pois teria sido
somente curioso e imprudente".
O texto da CGD
rebate a defesa afirmando que "pode-se constatar (no vídeo) claramente a
chegada eufórica do aconselhado". Também é afirmado que somente após dois
dias do episódio é que o militar apresentou atestado médico e que a condição
médica apresentada "não demonstra a existência de quadro clínico a
suscitar cuidados especiais, haja vista a atitude do próprio processado, pois,
no mesmo dia em que fora contemplado com o atestado médico (...), em vez de
permanecer em repouso, optou por cooperar de forma ativa com o movimento
paredista".
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