Entre os fatos que apontaram a fraude quanto às candidaturas femininas, destacaram-se a constatação de inexistência de despesas com material de campanha; a verificação de que as três “candidatas” não obtiveram votos, à exceção de uma que ostentou apenas um voto e a inexistência da realização de quaisquer atos de campanha, nem mesmo em suas redes sociais.
E porque, se mantida a decisão, o vereador José Mário cai? Cai sim, porque todo o seu partido foi afetado, já que não alcançou 1/3 das vagas para mulheres, mesmo ele não tendo culpa de nada.
Se mantida a decisão, entra um vereador do lado de Ronilson ou de Zé Antônio? Já que vai cair o vereador do PSD é claro.
A questão é simples: nas últimas eleições, 3 partidos lançaram candidatos a vereador: MDB, PDT e PSD, em Croatá. Juntando os votos do MDB (5.471), PDR (4.114) e PSD (1.489) chegou-se a 11.074, que ao dividir por 11 vagas, deu o quociente eleitoral de 1007 votos para o partido eleger um vereador.
Mas agora, com os votos do PSD cassados, se mantida a decisão, deve-se considerar somente os votos do MDB de Ronilson e PDT de José Antônio, que dá igual a 9.585. Ao dividir por 11 vagas, fica em 871 votos para eleger um vereador. Então, vejamos:
MDB: 5.471/871 = 6 vagas;
PDT: 4.114/871 = 4 vagas. Então sobra uma vaga. Faz-se agora, o cálculo dos restos como chamam, o partido que ficar com a maior média, leva a vaga:
Regra: pega-se o número de votos, divide-se pelo número de vagas conquistadas mais as vagas conquistadas pela média, mais um.
MDB: 5.471/(6 +0 + 1) = 781,57
PDT: 4.114/(4 + 0 +1) = 822,8
O PDT fica com a maior média e portanto, elege o quinto vereador, que no caso, seria 1º suplente, Aragão Filho.
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