O mês de março deste ano não repetiu a retomada de chuvas no Ceará acima da média histórica para o período que se verificava desde 2019. Até esta quarta-feira (31), a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) observa precipitações de 204,7 mm no Estado, quantidade próxima à da média histórica, que é de 203,4 mm.
Em 2019, no segundo mês da quadra chuvosa (entre fevereiro a maio), no Ceará, as chuvas ficaram 14.6% acima do esperado e, em 2020, ampliou para 35%.
Este foi o melhor março desde 2008, quando foram observados pela Funceme 332,5
mm, ou seja, 63,5% a mais que a média histórica.
Chuvas irregulares e
localizadas
Segundo
especialistas em recursos hídricos, as chuvas irregulares e localizadas
observadas neste mês de março são motivo de preocupação, porque as recargas até
o momento permanecem reduzidas.
Na década passada –
de 2011 a 2020 – apenas dois anos registraram chuvas acima da média neste mês.
Em 2019, quando houve desvio positivo de 14.6%; e em 2020, com 35% a mais.
Para o
meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Flaviano
Fernandes, o registro de reduzidas precipitações em março está relacionado com
a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é o principal sistema que traz
chuva para o semiárido nordestino durante a quadra chuvosa.
Em 2021 e na maioria
dos anos da década passada, a temperatura das águas superficiais do Oceano
Atlântico Norte Tropical ficou mais aquecida do que a porção Sul. A ZCIT tende
a permanecer sobre as áreas mais aquecidas. Dessa forma, mantém-se distante da
costa cearense, que está abaixo da Linha do Equador, isto é, do lado Sul.
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