No Brasil, as duas vacinas aprovadas para uso emergencial — Coronavac e Oxford/AstraZeneca — precisam ser tomadas em duas doses para garantir sua eficácia máxima. A vacinação está prevista para começar nesta segunda-feira, 18, nas capitais do País.
“Tomada
a segunda dose, depois de 14 dias em média, se considera uma pessoa imune. Isso
porque o sistema imunológico precisa de um tempo para organizar a resposta e
produzir células de memória que são efetivamente o que vai proteger o
indivíduo”, adverte o imunologista Edson Teixeira, do Departamento de Patologia
e Medicina Legal da Universidade Federal do Ceará (UFC).
O primeiro
desfecho esperado da vacina contra a Covid-19 é evitar o agravamento dos casos
e uma consequente sobrecarga na rede pública de saúde. Mas para os vacinados
vale o alerta: mesmo 14 dias após a segunda dose, ainda será
necessário manter o uso da máscara e fazer distanciamento social.
A
possibilidade de contrair uma infecção assintomática e transmitir a doença a
alguém não imunizado não está totalmente descartada. “Por um bom tempo, até que
a epidemiologia nos mostre que o contágio também é prevenido pelas vacinas, a
gente vai ter de usar máscaras”, estima Edson, também coordenador do
Laboratório Integrado de Biomoléculas (Libs/UFC).

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