Eduardo Fauzi, preso na Rússia acusado de atear fogo à sede da produtora Porta dos Fundos, na véspera do Natal de 2019, virou réu na Justiça Federal do Rio pelos crimes de terrorismo e incêndio. Ele também teve a prisão preventiva decretada para fins de extradição.
As investigações da Polícia Civil do Rio descobriram que Fauzi fugiu para a Rússia em 29 de dezembro de 2019, cinco dias depois do ataque com coquetéis molotov. Ele está preso desde 4 de setembro do ano passado, na cidade de Ecaterimburgo, na Rússia, aguardando a extradição para o Brasil.
Em setembro do ano passado,
Fauzi virou réu pelo crime de tentativa de homicídio contra o segurança da sede
do Porta dos Fundos. O Ministério Público estadual entendeu que Fauzi teria
assumido o risco de matar o vigilante do edifício no momento do ataque.
Depois de ter sido
comunicado que Fauzi tinha virado réu por terrorismo na Justiça Federal, o juiz
Alexandre Abrahão, da 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, declinou da competência para processar o caso, e
remeteu para a Justiça Federal. Isso porque o crime de terrorismo é de
competência da Justiça Federal.
Denunciado por terrorismo
De acordo com a denúncia
assinada pelo procurador da República Fernando Aguiar, “a motivação religiosa
do ato terrorista está estampada na petição apresentada pelo advogado do
próprio denunciado, onde está expressamente registrada a insatisfação deste
último com a veiculação, através da plataforma de vídeos Netflix, da encenação
intitulada 'A Primeira Tentação de Cristo', produzida pela Porta dos Fundos,
onde, segundo ele, teria ocorrido o 'escárnio'" de importantes personagens
do catolicismo".
"Esta motivação
religiosa estava, ademais, aditivada por preconceito homossexual, já que a indignação
do denunciado e seus asseclas decorreu diretamente do fato de o vídeo produzido
sugerir que Jesus Cristo teria tido uma experiência gay durante os quarenta
dias que passou no deserto”, acrescentou o procurador.
Outra prova usada contra
Fauzi na denúncia do MPF foi um vídeo publicado por ele próprio na internet.
“Vê-se claramente que a publicação deste vídeo macabro não tem outro propósito
senão a de incutir terror social, o que corrobora a assertiva de que se trata
de um ato verdadeiramente terrorista. (G1)
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