Informações educativas

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Acusado de ataque à sede do Porta dos Fundos, Eduardo Fauzi vira réu na Justiça Federal por terrorismo e incêndio

 

Eduardo Fauzi, preso na Rússia acusado de atear fogo à sede da produtora Porta dos Fundos, na véspera do Natal de 2019, virou réu na Justiça Federal do Rio pelos crimes de terrorismo e incêndio. Ele também teve a prisão preventiva decretada para fins de extradição.

As investigações da Polícia Civil do Rio descobriram que Fauzi fugiu para a Rússia em 29 de dezembro de 2019, cinco dias depois do ataque com coquetéis molotov. Ele está preso desde 4 de setembro do ano passado, na cidade de Ecaterimburgo, na Rússia, aguardando a extradição para o Brasil.

Em setembro do ano passado, Fauzi virou réu pelo crime de tentativa de homicídio contra o segurança da sede do Porta dos Fundos. O Ministério Público estadual entendeu que Fauzi teria assumido o risco de matar o vigilante do edifício no momento do ataque.

Depois de ter sido comunicado que Fauzi tinha virado réu por terrorismo na Justiça Federal, o juiz Alexandre Abrahão, da 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, declinou da competência para processar o caso, e remeteu para a Justiça Federal. Isso porque o crime de terrorismo é de competência da Justiça Federal.

Denunciado por terrorismo

De acordo com a denúncia assinada pelo procurador da República Fernando Aguiar, “a motivação religiosa do ato terrorista está estampada na petição apresentada pelo advogado do próprio denunciado, onde está expressamente registrada a insatisfação deste último com a veiculação, através da plataforma de vídeos Netflix, da encenação intitulada 'A Primeira Tentação de Cristo', produzida pela Porta dos Fundos, onde, segundo ele, teria ocorrido o 'escárnio'" de importantes personagens do catolicismo".

"Esta motivação religiosa estava, ademais, aditivada por preconceito homossexual, já que a indignação do denunciado e seus asseclas decorreu diretamente do fato de o vídeo produzido sugerir que Jesus Cristo teria tido uma experiência gay durante os quarenta dias que passou no deserto”, acrescentou o procurador.

Outra prova usada contra Fauzi na denúncia do MPF foi um vídeo publicado por ele próprio na internet. “Vê-se claramente que a publicação deste vídeo macabro não tem outro propósito senão a de incutir terror social, o que corrobora a assertiva de que se trata de um ato verdadeiramente terrorista. (G1)

 

Nenhum comentário: