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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Vírus faz 9 anos de Bolsa Família em 9 meses

Além de medo e morte, o coronavírus produziu um fenômeno político-social inédito. Nove meses de auxílio emergencial, de abril a dezembro, terão o efeito de nove anos de Bolsa Família, revela estudo da FGV Social. Algo como 16 milhões de brasileiros saíram da pobreza repentinamente. 

A prosperidade rendeu popularidade súbita a Jair Bolsonaro

Mas os socorridos voltarão a sobreviver com menos de meio salário mínimo —R$ 522,59 por mês, em média— na virada do Ano Novo.

O governo acena com a criação de um novo programa de renda mínima. Não sabe, porém, de onde tirar o dinheiro. Presidente, ministros e parlamentares discutem a fome alheia em sucessivos almoços e jantares. Movimentam-se muito. Mas não chegam a lugar nenhum. Empurrou-se para depois da eleição municipal a resolução do impasse. Político intuitivo, Bolsonaro já se deu conta de que as restrições impostas pelo teto de gastos fazem com que sua popularidade suba no telhado.

Mario Henrique Simonsen, célebre ex-ministro da Fazenda, dizia que "os pobres ficam ainda mais pobres quando têm de sustentar os burocratas nomeados supostamente para enriquecê-los." Juntando-se aos burocratas os políticos, chega-se à perfeita tradução do pandemônio que a pandemia produz em Brasília.

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