Com
exceção dos pobres, desempregados e Microempreendedores individuais que
receberão uma ajuda de R$ 600,00 por três meses, todos os outros setores
beneficiados com algum tipo de socorro do Tesouro Nacional para passar a crise,
terão ou tiveram que fazer sacrifícios.
Os
governadores e prefeitos querem subverter esta lógica. Com a ajuda dos
deputados federais, colocaram em pé um auxílio camarada, sem nenhuma
contrapartida.
O
Capitão torce o nariz pelos motivos errados, pois não concorda em socorrer os
governadores de São Paulo e Rio de Janeiro, seus arqui-rivais.
Para
salvar os empregos, os trabalhadores precisam concordar por exemplo, com a
redução da jornada de trabalho e o corte de salário, coisa compensada apenas
parcialmente. As médias e pequenas empresas precisam contrair empréstimos para
bancar as folhas de pagamento, embora os juros sejam módicos e o prazo
elástico... mas a cobrança virá.
Não
é razoável que estados e municípios queiram uma mesada de seis meses, já que
para que governadores e prefeitos tenham o mesmo volume de recursos de 2019 com
a arrecadação do ICMS e ISS, o Tesouro tiraria isso do bolso de todos os
brasileiros.
A
pergunta é: numa hora em que as famílias brasileiras vivem dias ruins e se
preparam para dias piores, por que governadores e prefeitos não podem falar
sério sobre a contenção de suas folhas, sobre o congelamento de reajustes
salariais, sobre cortes em áreas não vinculadas a saúde?
O
momento exige sacrifícios e diálogo. Os gestores precisam entrar com algum
sacrifício. E Bolsonaro precisa retirar a raiva do pudim.
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