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quarta-feira, 15 de abril de 2020

Socorro a estados e municípios sem contrapartida


Com exceção dos pobres, desempregados e Microempreendedores individuais que receberão uma ajuda de R$ 600,00 por três meses, todos os outros setores beneficiados com algum tipo de socorro do Tesouro Nacional para passar a crise, terão ou tiveram que fazer sacrifícios.


Os governadores e prefeitos querem subverter esta lógica. Com a ajuda dos deputados federais, colocaram em pé um auxílio camarada, sem nenhuma contrapartida.

O Capitão torce o nariz pelos motivos errados, pois não concorda em socorrer os governadores de São Paulo e Rio de Janeiro, seus arqui-rivais.

Para salvar os empregos, os trabalhadores precisam concordar por exemplo, com a redução da jornada de trabalho e o corte de salário, coisa compensada apenas parcialmente. As médias e pequenas empresas precisam contrair empréstimos para bancar as folhas de pagamento, embora os juros sejam módicos e o prazo elástico... mas a cobrança virá.

Não é razoável que estados e municípios queiram uma mesada de seis meses, já que para que governadores e prefeitos tenham o mesmo volume de recursos de 2019 com a arrecadação do ICMS e ISS, o Tesouro tiraria isso do bolso de todos os brasileiros.

A pergunta é: numa hora em que as famílias brasileiras vivem dias ruins e se preparam para dias piores, por que governadores e prefeitos não podem falar sério sobre a contenção de suas folhas, sobre o congelamento de reajustes salariais, sobre cortes em áreas não vinculadas a saúde?

O momento exige sacrifícios e diálogo. Os gestores precisam entrar com algum sacrifício. E Bolsonaro precisa retirar a raiva do pudim.

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