Como todos sabem, Jair Bolsonaro é um presidente
de teatro, porém as vezes ele exagera na teatralidade. Toda vez que isso
ocorre, o Capitão oscila entre o oportunismo e a mediocridade, coisa que
acontece agora no caso dos combustíveis.
Numa provocação aos governadores, primeiro Bolsonaro
disse que os estados deveriam baixar o ICMS. Agora, ele afirmou que estaria
disposto a zerar os impostos federais sobre combustíveis – PIS/Cofins e Cide –
se os governadores também zeraram a cobrança do ICMS.
O Capitão sabe que seu governo não tem condições
de zerar impostos, que neste caso representam 16,5% sobre o litro de gasolina,
pois fecha o ano com déficit nas contas públicas e não com superávit.
Jair sabe também que a maioria dos estados estão
falidos, outros não conseguem pagar os servidores em dias, então deixar de
arrecadar em média 29% de ICMS é insanidade.
Bolsonaro dizer que subsidiaria o ICMS também é
outra insanidade, já que não tem dinheiro nem para saúde e nem para educação. E
por que ele defende estas loucuras? Simples, para dizer aos que o seguem, que a
culpa do preço alto dos combustíveis é dos governadores e não dele. Isso chama-se
de populismo.
Fazer populismo com combustíveis é algo perigoso.
A Dilma fez isso, zerou a Cide e fez a Petrobrás absorver o custo, chegando a
importar petróleo mais caro do que vendia. Pois bem, o subsídio aumentou o
consumo e impôs prejuízos aos cofres públicos, que somente na Petrobrás, a
cratera foi de 40 bilhões de dólares.
É preciso que o presidente olhe pelo retrovisor e
acabe com o teatro, que em nada combina com sua equipe econômica, no tocante
com a responsabilidade fiscal que precisa possuir.
Sim, é isso mesmo: só aqui no Ceará, somando 29% de ICMS estadual cobrado no litro da gasolina com os 16,5% de PIS/Cofins e Cide federais, um litro de gasolina que em Croatá custa R$ 4,78 tem embutido de impostos, R$ 2,17. Assim, sem tributos, custaria R$ 2,60.

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