Pela voz
de quem traduz os sinais da natureza, a expectativa é de que as precipitações
da quadra chuvosa de 2020 sejam acima da média.
É o que dizem os observadores
da natureza no 24º Encontro dos Profetas da Chuva. O evento ocorre na manhã
deste sábado, 11, no campus da Faculdade Cisne, em Quixadá, distante 167 km de
Fortaleza. Estão presentes cerca de 20 profetas da região do Sertão Central.
Está
na floração da aroeira e da carnaubeira, nos ventos que saem do Oeste em
direção ao Leste, nos experimentos do dia de Santa Luzia, no caminho dos
animais.
"Dos
que já conversaram comigo, é (inverno) positivo. Da média para cima e bem
distribuídas. Os mais pessimistas dizem que vai ser um inverno bom, os mais
otimistas dizem que vai ser o maior inverno dos últimos dez anos", afirma
Helder Cortez, um dos idealizadores e organizador do evento.
As
chuvas do primeiro dia do ano foram um dos sinais positivos observados por José
Célio de Assis, 82. "Eu observo os ventos e as árvores. A floração na
carnaubeira, cumaru e do flanboyant estão carregadas", diz o agricultor do
Limoeiro do Norte.
Em
13 de dezembro, dia de Santa Luzia, Lurdinha Leite fez experiências com pedras
de sal. "Se desmanchar todas é porque o inverno vai ser bom. Se desmanchar
umas e outras não, é porque vai ser irregular. Todas as minhas experiências
deram boas", relata a agricultora.
Titico
Baia, de Quixeramombim, diz que a expectativa é de que açudes vão encher.
Assim, como ele, pelo menos metade dos profetas presentes concordam que as
chuvas desse ano devem ser mais intensas que as do ano passado, consideradas
dentro da média histórica para o período.
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