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quarta-feira, 22 de maio de 2019

Centrão trama votar a MP do governo esta quarta, mas com uma 'pegadinha'



Como se sabe, o Capitão está apontando o Centrão e demais deputados com “viés ideológico” diferente do dele, como os vilões da ingovernabilidade. Fez um acordo com deputados para beneficiá-los com cargos e verbas criando 02 ministérios (Cidade e Integração), porém... porém nas costas seus apoiadores disseram que os deputados fazem o jogo do toma-lá-dá-cá e exigiram tais pastas.

Como a MP 873 que reorganizou o governo está próxima de perder a validade, chegou-se mesmo a convocar as ruas para domingo (26) para protestar contra o que eles chamam de “velha política”.  Contudo, os líderes do Centrão ficaram abespinhados com a estratégia e resolveram impor ao governo, algo muito parecido com uma “pegadinha”. Não querem mais os 2 ministérios, para não serem acusados de fisiologistas.

O plano do Centrão é repetir à surra que o governo levou na comissão que analisa a MP 873, a novidade é que agora, a surra será com os punhos do PSL, partido do presidente. Os deputados estão muito chateados com o planalto, por conta do que se noticia nas redes sociais, como se eles quisessem cargos e verbas em troca para aprovar os projetos. Dizem que não é isso a realidade.

A coisa vai acontecer nesta quarta (22) e funcionará assim: o Centrão se une a maioria governista e aprova o texto-base da MP, ressalvados os artigos polêmicos. Quando forem votar os destaques (para manter Coaf com Moro, Sudam  e Funai onde estão, e retirar o Jabuti que impõe a mordaça aos auditores da Receita), o Centrão entra em obstrução.

O Centrão poderia derrotar o governo nos “destaques” no voto, já que tem aliança com a oposição. Mas o grupo acha melhor cruzar os braços. Sem voto, a MP caduca, o governo volta a ter 29 ministérios, o que o obriga  a solicitar a retirada dos “destaques” a seus apoiadores. 

Com a “pegadinha”, o Centrão jogou a batata quente para o colo do governo. Se insistir nos destaques, como manter o Coaf com Moro, a MP não é votada e perde a validade. Se a armadilha funcionar, o planalto entra com a cara, o PSL com os punhos e o Centrão se diverte como plateia num auto-espancamento.

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